Em meio ao ataque a floresta Amazônica, o Governo Federal deve concretizar o fechamento dos últimos escritórios do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) do interior do Estado do Amazonas. A ameaça é confirmada pelo chefe do escritório do Ibama em Parintins, Messias Cursino que estará em Manaus juntamente com o chefe do Ibama de Humaitá para reunião com o superintendente do órgão federal.
Em 2009, no governo Lula, 17 escritórios do Instituto foram fechados com prejuízos significativos a fiscalização de ilícitos ambientais. O escritório de Humaitá tem importância por sua localização no sul do Amazonas, área de grande pressão de desmatamento por conta da agricultura e pecuária. Parintins localizado na divisa com o estado do Pará também foi poupado na primeira leva de fechamento de escritórios por conta de sua atuação fundamental na proteção do Río Amazonas e reservas indígenas Satere-Maué e Hiskariana.
De acordo com o Messias Cursino, chefe do Ibama de Parintins, os escritórios do órgão precisam funcionar, admitindo que há a necessidade de reestruturação para maior eficiência dos trabalhos. "De que adianta uma estrutura física, se não tem recursos humanos, equipamentos e suporte financeiro para que você possa desempenhar suas atividades", questionou.
Messias lamenta a decisão do governo, pois, além da grande quantidade de madeira que vem sendo explorada, há sérias denúncias de atuação ilegal de garimpeiros nas reservas indígenas Satere-maué (Rio Andirá) e Hiskariana (Alto Nhamundá).
"Além do desmate ilegal e queimadas, agora as mineradoras estão chegando", completou Messias Cursino.
A reportagem do AmEmPauta não conseguiu contato com a superintendência do Ibama em Manaus, pelo telefone final ....7105.
Márcio Costa/AmEmPauta