O Plenário do Senado homenageou os 110 anos da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) nesta terça-feira (19). Criada em janeiro de 1909, ela registrou há poucos dias o milésimo professor do quadro ativo permanente com título de doutorado. Além de mil professores doutores, há 476 mestres, 116 especialistas e 32 graduados (bacharéis) numa comunidade acadêmica que supera 30 mil pessoas envolvidas em 113 cursos de graduação e 48 de pós-graduação.
Autor do requerimento, o senador Eduardo Braga (MDB-AM) se formou na primeira turma de engenheiros elétricos da universidade. Naquela época, lembrou ele, ela ainda era chamada UA. Na sessão de homenagem, ele destacou que os campi de Manaus, Benjamin Constant, Coari, Humaitá, Itacoatiara e Parintins são “espaços de aprendizado em seu mais amplo significado, das técnicas mais básicas até as mais sofisticadas na busca de conciliar a floresta e o desenvolvimento socioeconômico”.
— Essa universidade ensina como aliar desenvolvimento e conservação ambiental — afirmou o senador sobre a instituição que conquistou quatro dos cinco pontos possíveis na avaliação de qualidade do Ministério da Educação (MEC).
O reitor da Ufam, Sylvio Puga, ressaltou que a universidade tem tido sucesso no ensino tradicional, assim como nas licenciaturas voltadas para a comunidade indígena e na educação a distância, que supera os obstáculos físicos impostos pela floresta.
Futuro
O deputado Marcelo Ramos (PL-AM), também graduado pela Ufam, ressaltou que, embora políticas de incentivo fiscal – como a da Zona Franca – sejam fundamentais hoje, o futuro do Amazonas está na universidade, no desenvolvimento de bioindústria, fitoterápicos, dermocosméticos, concentrados de frutas e da indústria de tecnologia de software e de biotecnologia.
— Toda solução para desemprego e desigualdade social deve necessariamente passar pelo fortalecimento da universidade – completou Ramos.
O deputado Hiran Gonçalves (PP-RR), nascido no estado do Amazonas e formado em Medicina pela Ufam, acrescentou o turismo ao rol de áreas em que a universidade e a floresta têm potencial para desenvolvimento sustentável.
Já o deputado José Ricardo (PT-AM) reclamou dos cortes de verbas para a pesquisa universitária. Para ele, em tempos de crise a educação deve ser reforçada, não o contrário. O presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Anderson Correia, frisou que o descontingenciamento da educação já está em curso e que a Amazônia é uma das áreas prioritárias de investimento da fundação, atualmente financiadora de cerca de 500 bolsas de pesquisadores da Ufam.
Na sessão, o deputado Delegado Pablo (PSL-AM), formado em Direito pela Ufam, destacou a importância das emendas ao Orçamento destinadas para a educação superior e pesquisa
Fonte: Agência Senado