1º lugar no concurso público, professora protesta em não ter sido lotada para dar aula

SEDUC diz que todos profissionais que estão não tiveram a lotação realizada, serão chamados

1º lugar no concurso público, professora protesta em não ter sido lotada para dar aula Notícia do dia 04/02/2020

 

A professora Jocymara Rodrigues, aprovada em primeiro lugar no mais recente concurso público da Secretaria de Estado de Educação e Qualidade de Ensino (SEDUC) usou as redes sociais na noite desta terça-feira, 04, para protestar pelo fato de não ter sido lotada para iniciar seus trabalhos como professora. Jocymara informou que primeiramente foi lotada na escola Ryota Oyama, sendo que o procedimento foi desfeito.

 

 

A professora salientou ainda que tentou contato com a coordenação Regional de Educação da Seduc Parintins, mas não teve resposta. Afirmous que buscou uma nova lotação no Colégio Batista, mas outra pessoa teria conseguido a vaga, mesmo ela tendo sido aprovada em uma melhor colocação no concurso público.

 

Em contato com a reportagem do site AmEmPauta, a assessoria de imprensa da Seduc informou que nesta quarta-feira, 05, todos profissionais que estão não tiveram a lotação realizada, serão chamados pela Coordenadoria Regional de Parintins para esclarecer as dúvidas. A Secretaria informa, ainda, que ao longo da semana a Gerência de Lotação irá trabalhar para resolver todas as situações e que nenhum profissional deixará de ser lotado.  A assessoria afirmou que hoje há, no município,  um excedente de professores  por conta das remoções excessivas de anos passados,  mas que isso não impedirá a lotação dos professores aprovados no mais recente concurso público promovido pelo Governo do Estado para a SEDUC.

 

A nota da professora na íntegra:

 

Nota de Repúdio!

Acreditar na educação ainda é um dos motivos que me levam a estar aqui, dividindo com todos minha indignação.
Me chamo Jocymara Brandão Rodrigues. Professora APROVADA em 1° LUGAR no CONCURSO para o ciclo Parintins, que teve sua lotação feita para a Escola Ryota Oyama.
Minha batalha iniciou-se ao procurar a escola no dia 29 de Janeiro onde fui informada de que não estava mais lotada lá.
Estive então na coordenadoria da Seduc Parintins no mesmo dia para pedir explicações.
Desde esse dia, foram muitas idas à unidade, na esperança de ter minha lotação realizada e até hoje nada foi feito.
Minha lotação chegou a ser solicitada para o Colégio  Batista, mas foi recusada e ainda lotaram outra pessoa nessa vaga que foi aprovada com classificação inferior a minha, me pergunto como isso é possível sabendo que fui a primeira?
Volto a dizer, PASSEI em PRIMEIRO LUGAR no concurso, e pessoas que ficaram em uma colocação além do número de vagas já estão lotadas nas escolas.
Devo eu duvidar da idoneidade desse processo? Além de mim, aprovada e com classificação publicada em edital existem outros servidores na mesma situação, que estão passando por esse infeliz acontecimento.

A informação que tive na Seduc Parintins é de que o processo de lotação estaria sendo dificultado por uma pessoa da secretaria em Manaus. Pois, não há diálogo com ela, e a mesma se recusa a atender as solicitações tanto dos gestores, pedagogos e até mesmo da coordenação da Seduc em Parintins.
Pois bem, o meu esforço, minhas noites de sono perdidas, meus compromissos com a educação e com meu trabalho não podem ser manipuladas em prol a beneficiar terceiros do vínculo pessoal de outro.
Até o momento ninguém explicou o porquê de minha classificação não ser válida e eu não adentrar a sala de aula para exercer a função pela qual conquistei com meu esforço e estudo.
Diante de tudo isso, venho expressar a minha revolta frente a tanta injustiça. Desde o início não foi respeitado a ordem de classificação do concurso, a lotação feita em Manaus não valeu de nada, pois continuo sem lotação. Isso é um fato triste, pois tive que ir duas vezes a Manaus, onde tive gastos com passagens, tive que pagar uma pessoa para trabalhar em meu lugar, além de outras despesas.
Peço encarecidamente que compartilhem minha indignação afim de que chegue até a Ouvidoria dessa instituição tão importante em nosso Estado, e desse modo, medidas possam ser tomadas.
Se muitos se calam e deixam por isso, comigo não será assim, porque vou em busca dos meus direitos e principalmente  de explicações.

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A declaração da professora em rede social recebeu solidariedade de diversos internautas que se mostraram revoltados com a questão.

 

Márcio Costa/AmEmPauta

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