Por indícios de fraude em pesquisas eleitorais, a empresa Franco e Rodrigues Comunicação e Empreendimentos teve três pesquisas eleitorais proibidas de serem publicadas em uma semana. A pesquisa realizada pelo site AmEmPauta encontrou tais procedimentos eleitorais nas cidades de Vilhena-Rondônia no dia 29 de outubro, Valparaíso - Goiás e Brasnorte - Mato Grosso. Nesta sexta-feira, internautas postaram números da pesquisa que colocam Juscelino Manso (PSB) a frente de Bi Garcia (DEM) em Parintins. Neste sábado dois sites de notícias também replicaram o levantamento.
VILHENA
“Pois bem. Analisando os documentos trazidos aos autos pela representada Franco e Rodrigues Comunicação Social, verifico que existem fundados indícios de irregularidades na coleta das informações pesquisadas. Os formulários juntados demonstram, no mínimo, sérias inconsistências nos dados e uma padronização nas respostas que não se afigura condizente com a prática estatística, inclusive porque certo padrão de respostas concentrou-se exclusivamente com alguns entrevistadores, dissociando por completo os dados por eles coletados em relação aos demais”, afirmou o juiz Vinícius Bovo de Albuquerque Cabral, da 4ª Zona Eleitoral de Vilhena (RO)
Na decisão, o juiz de Vilhena determina que a empresa representada suspenda, “no prazo de 24 horas, contado da intimação, todo e qualquer ato de divulgação da referida pesquisa, registrada sob n. RO-03440/2020, bem como proíbo republicação ou menção à referida pesquisa, sob pena de multa de R$ 53.205, nos termos da Resolução/TSE 23.600/2019”.
VALPARAÍSO
Em Valparaíso, Goiás, irregularidades na documentação da pesquisa eleitoral realizada pela empresa Franco e Rodrigues Comunicação e Empreendimentos motivaram ação da juíza eleitoral Letícia Silva Carneiro de Oliveira que determinou suspensão da divulgação. A decisão se deu em respeitado o artigo 2º da Resolução TSE n.º 23.600/2019 que diz que é preciso fornecer informações até cinco dias antes da divulgação. As informações são do Portal Mais Goiás.
BRASNORTE
Ao apreciar o mérito da representação, a magistrada reconheceu que a pesquisa apresentava vícios e graves irregularidades, em especial quanto ao índice estatístico da margem de erro. “Quanto maior o índice de margem de erro, menos precisos são os resultados da pesquisa”, escreveu a doutora Marilyn Vaz.
Em seu parecer, o Promotor Eleitoral anotou: “com tais erros graves e fatos não explicados pelas partes, a pesquisa perdeu sua cadeia de credibilidade, razão pela qual se torna inviável a continuidade de veiculação do referido conteúdo.”, diz matéria do portal Gazeta MT.
PARINTINS
O candidato a prefeito Juscelino Manso e nem a sua vice Nega Alencar postaram informações sobre a pesquisa da Franco e Rodrigues Comunicação em suas redes sociais. Por sua vez, a chapa de Bi Garcia deve realizar questionamento a Justiça Eleitoral. Nas três cidades consultadas pelo site AmEmPauta, a justiça eleitoral prevê multa de até R$ 53 mil para quem descumprir a ordem de não publicação das pesquisas, supostamente fraudulentas.
Márcio Costa/AmEmPauta