Morre o jornalista, dramaturgo e escritor Artur Xexéo, aos 69 anos

Morre o jornalista, dramaturgo e escritor Artur Xexéo, aos 69 anos Notícia do dia 27/06/2021

Morreu neste domingo, aos 69 anos, o jornalista, escritor e dramaturgo Artur Xexéo, um dos principais representantes da imprensa cultural do país. Xexéo havia descoberto um linfoma há duas semanas e começou o tratamento na última quinta-feira. Ele teve uma parada cardiorrespiratória na sexta-feira, e morreu na Clínica São Vicente, na Zona Sul do Rio, onde estava internado.

 

Xexéo iniciou a carreira jornalística em 1975, como estagiário da editoria de Geral no Jornal do Brasil. Após trabalhar em redações de revistas em São Paulo, voltou para o JB em 1985, agora como subeditor do "Caderno B", o seu suplemento cultural.

 

Em 2001, Xexéo assumiu como editor do "Segundo Caderno", no GLOBO. Um de seus desafios, na época, era privilegiar reportagens e entrevistas com apelo do que as notícias mais quentes.

 

Outra marca de Xexéo à frente do caderno foi valorização da crítica de cinema e teatro em um momento em que estes espaços escasseavam nos jornais. “Eu trabalho com orçamento, então eu sei quanto se gasta com o espaço da crítica. Mas eu acho que é uma das saídas do jornalismo cultural hoje é valorizar o espaço da crítica”, dizia ele.

 

O editor via nos cadernos culturais um modo de "refletir o país". "É o melhor veículo para reproduzir a vida cultural brasileira”, dizia.

 

Em 2010, ele deixou o cargo de editor e passou a se dedicar apenas à sua coluna no jornal, onde escrevia duas vezes por semana. Diariamente, conversava com Carlos Heitor Cony e Viviane Moss, na rádio CBN. Em 2015, ele se desligou do GLOBO, mas retornou como colunista um ano depois. Xexéo também foi comentarista da rádio CBN (RJ) e do Estúdio i, do canal GloboNews (RJ).

 

Apaixonado por teatro, Xexéo costumava se classificar como um "dramaturgo acidental". Suas peças homenageavam figuras da história cultural carioca. Em 2010, ele escreveu o musical  “A Garota do Biquíni Vermelho”, que reverencia a vedete Sonia Mamede. Dirigida por Marilia Pera, a peça procurava recuperar a importância da atriz e humorista, além de cantora de sucessos como "Maria Chiquinha". Com o espetáculo, Xexéo teve a experiência de se lançar como compositor, criando as letras e as melodias de duas canções que adornam o musical.

 

Leia mais em Extra

Veja Mais

Das Antigas

VEJA MAIS