Manaus adere programa do Banco Mundial para construção de edifícios verdes

Manaus sai na frente ao seguir no caminho da sustentabilidade, disse David Almeida

Manaus adere programa do Banco Mundial para construção de edifícios verdes Dhyeizo Lemos / Semcom Notícia do dia 20/07/2022

 

Para fortalecer as chamadas construções verdes, a Prefeitura de Manaus passa a integrar o Programa de Fortalecimento de Capacidades para a Promoção das Construções Sustentáveis no Brasil (PFC GB no Brasil), iniciativa da Internacional Finance Corporation (IFC), membro do Banco Mundial que promove o desenvolvimento econômico e a melhoria de vida das pessoas ao estimular o setor privado nos países em desenvolvimento.

 

Manaus se integra à parceria entre IFC e a Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil (Cbic) para promover a certificação de edifícios e construções sustentáveis e fomentar práticas responsáveis no segmento.

 

O lançamento do programa aconteceu nesta quarta-feira, 20/7, durante reunião técnica comandada pelo prefeito David Almeida e seu secretariado, além do Conselho Municipal de Gestão Estratégica (CMGE) e entidades da construção civil e iniciativa privada da capital. Cinco cidades amazônicas farão parte deste grupo do programa além de Manaus, sendo elas Belém (PA), Palmas (TO), Porto Velho (RO) e Rio Branco (AC).

 

“Manaus sai na frente ao seguir no caminho da sustentabilidade, tendo um dos projetos mais exitosos de modelo de desenvolvimento que conseguiu preservar 97% da floresta, que é a Zona Franca. Nosso protagonismo não será diferente agora neste novo programa, que atende a Agenda da ONU 2030”, comentou David Almeida.

 

Para o gerente-geral do IFC no Brasil, Carlos Leiria Pinto, Manaus pode ser um case de cidade para construção verde no Brasil e para o mundo inteiro, ajudando a disseminar informações sobre a preservação não só florestal, mas da camada de ozônio.

 

*Emissões*

 

“Hoje, 40% da emissão de gases de efeito estufa está relacionada à construção, desde a geração de materiais, como cimento, aço, alumínio, até o que é incorporado depois, no uso das construções, como água e energia. Se pudermos intervir nas cidades promovendo a construção sustentável, teremos um impacto muito grande”, observou Leiria.

 

Manaus é uma metrópole com mais de 2 milhões de habitantes e está no coração da Amazônia: “Se a capital conseguir liderar esse movimento, será algo inovador, transformador, com edifícios e ambientes verdes, redução de custos, eficiência energética, uso racional da água e valorização de melhoria de vida”, avaliou.

 

Engenheiro de formação e diretor-presidente do Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb), Carlos Valente, destacou que o prefeito David Almeida tem um compromisso muito claro com a questão ambiental.

 

“Dentro do compromisso, temos o movimento com o IFC para desenvolvimento de edificações sustentáveis, que vai ensejar uma série de ações por parte da prefeitura, da iniciativa privada, do Poder Legislativo e setores relacionados para que possamos ter essas construções e a certificação delas internacionalmente. Manaus inicia esse movimento de entendimento do programa e cronograma e todos os esforços para esse compromisso”, adiantou Valente.

 

Segundo ele, entre as ações previstas estão revisão de legislação e adequação; de processos de licenciamento; qualificação, treinamento e capacitação de equipes do Implurb, das secretarias municipais de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas) e de Finanças e Tecnologia da Informação (Semef), entre outras, para que a capital amazonense atinja esse patamar.

 

Em relação ao meio ambiente, conforme o secretário Antonio Ademir Stroski, o desafio será estabelecer atrativos para o setor da construção civil adotar e incorporar nas edificações elementos sustentáveis, tendo a integração da prefeitura para mediar e agregar com regras e incentivos legais. Stroski lembrou que Manaus está fazendo a revisão do seu Código Ambiental, que é de 2001.

 

“E ainda teremos um Plano do Clima de Manaus, que promete ser uma referência para o Brasil e global das iniciativas do prefeito David Almeida”, disse.

 

Responsabilidade

 

As construções sustentáveis contribuem diretamente para a redução das emissões de CO² associadas às operações do setor. A IFC projeta uma oportunidade de investimentos em construção verde de US$ 24,7 trilhões até 2030 em todas as cidades de mercados emergentes com mais de meio milhão de habitantes. A certificação de edifícios verdes vai além da demonstração de responsabilidade ambiental de uma empresa. Ela pode aumentar receitas, atrair clientes e facilitar o acesso ao crédito.

 

O programa ajudará Manaus a comunicar as virtudes de projetar e construir edifícios verdes e trilhar o caminho para os prédios zero carbono, além de treinar desenvolvedores e suas equipes no licenciamento e certificação. A colaboração entre o setor público e o setor privado é fundamental para transformar o mercado, ambos investindo no futuro.

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Texto Claudia do Valle

 

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