Antônio Andrade pede desculpas do governador, mas volta condicionar Festival a mais dinheiro

Dirigentes do Garantido confessaram que priorizaram pagamento de fornecedores e até estariam sofrendo ameaça de morte 

Antônio Andrade pede desculpas do governador, mas volta condicionar Festival a mais dinheiro Foto: Divulgação Notícia do dia 21/06/2023

 

 

Em entrevista concedida a Rádio Clube de Parintins nesta quarta-feira, o presidente do Boi Garantido Antônio Andrade recuou de seu posicionamento feito em carta direcionada e pediu desculpas.Na entrevista concedida a Gil Gonçalves, Andrade e sua diretora financeira Ana Miranda afirmaram que a carta, foi direcionada a todos os patrocinadores da festa e que não era pra ter seu conteúdo vazado, como acabou ocorrendo. O Ofício foi direcionado ao governador Wilson Lima, prefeito de Parintins Bi Garcia, Maná Produções e a TV A Crítica. 

 

Antônio chegou a pedir desculpas ao dizer que a carta não era uma chantagem e sim pedido de socorro. "Na verdade a carta foi um grito de socorro.... O que nós colocamos ali foi uma realidade, não temos mais dinheiro para pagar as pessoas... Quero dizer ao governador, ao prefeito, ao André Guimarães, ao Dissica que em nenhum momento esta carta foi uma chantagem, ou teve a intenção de colocar a faca no pescoço deles. Se essa foi a compreensão que eles tiveram, peço desculpas", disse. 

 

 

Antônio disse que o Boi Garantido precisa de aproximadamente mais 2.3 milhões a mais para ir para arena. O Boi Garantido, nas palavras de Antônio e sua diretora contou com recursos que acabaram não se confirmando, como o patrocínio da Petrobras, sendo que a estatal não chegou anunciar que recursos seriam enviados a Parintins em 2023.

 

"Depois a Petrobras disse que não entraria mais com nenhum centavo aí bateu o desespero apareceu, aí comecei a procurar os parceiros e dizer que nós não poderíamos fechar o Boi. Preciso desse R$ 1.5 milhão".

 

Antônio afirmou que o Garantido irá para arena do Bumbódromo disputar o Festival, porém em determinado momento disse que quem decidirá essa questão são os trabalhadores do boi, colocando mais uma vez a Festa em dúvida. "Se nós não tivermos esse R$ 1 milhão e meio para pagar os funcionários, aí sim, quem vai decidir são os funcionários. Se o Boi vai entrar na arena, não somos nós que vamos decidir", pontuou.

 

A Financeira Ana Miranda afirmou que os fornecedores de material do Boi já receberam e que o boi só deve os trabalhadores.

 

Ana Miranda disse que ela e o Presidente estariam recebendo ameaças de morte de facção criminosa, caso não paguem os trabalhadores. "Dizem que tem duas facções aqui, que se a gente não pagar vão quebrar tudo e vão nos matar", expôs. 

 

Ouça e entrevista completa em trechos 

 

 

Márcio Costa/AmEmPauta

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