
Durante entrevista ao programa Manhã de Notícias, da Rádio Tiradentes, nesta quinta-feira, o governador Wilson Lima comentou sobre a recente nota divulgada pelos bois de Parintins, que rejeitam uma licitação do Estado referente a venda de ingressos para o Festival Folclórico, especialmente no que diz respeito à comercialização de ingressos. Em 2024, o Festival Folclórico bateu todos os recordes de público e de arrecadação de patrocínios entre os bois de Parintins que ultrapassaram a marca de R$ 20 milhões. A movimentação financeira no município também foi a maior já registrada.
Ao ser questionado pelo jornalista Ronaldo Tiradentes, o governador afirmou que ainda não recebeu nenhum comunicado oficial dos bois e reforçou que sempre buscou estimular a independência financeira das agremiações. "Quando assumi o governo, uma das primeiras reuniões que tive com os bois foi para dizer que eles precisam caminhar para uma condição de independência. Eles têm renda suficiente para isso. Só no ano passado, o volume de patrocínios foi recorde", destacou Wilson Lima.
Apesar da recomendação do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e do Ministério Público para que a comercialização dos ingressos fosse licitada, o governador afirmou que a interferência no processo é "mínima" e que o objetivo do governo é garantir que a festa ocorra de forma sustentável, gerando empregos e renda para a população.
O chefe do executivo estadual ressaltou a importância do apoio governamental para o sucesso do festival. "Boa parte da estrutura da festa é mantida pelo Estado, diria que cerca de 60%. Não há como os bois caminharem sozinhos neste momento, sem essa ajuda", pontuou. Ele também relembrou a crise enfrentada em 2016, quando o Estado se retirou do festival, quase inviabilizando sua realização.
Compromisso com o festival
Wilson Lima reforçou o compromisso do governo com a continuidade e o sucesso do Festival Folclórico de Parintins. "Estou disposto a conversar sem nenhum problema. Queremos que a festa aconteça, renda dividendos para os bois, gere emprego e renda. Esse é o nosso foco", concluiu.
Márcio Costa/ AmEmPauta