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Fotógrafo parintinense lança exposição sobre a pandemia: dor, medo e resistência

O depoimento do repórter fotográfico Pitter Freitas traduz o sentimento impresso em cada imagem da exposição

Fotógrafo parintinense lança exposição sobre a pandemia: dor, medo e resistência Notícia do dia 30/07/2025

 

“Registrei famílias enlutadas, amigos que partiram, laços desfeitos por um vírus desconhecido e letal. São imagens que eternizam a dor, a ausência, mas também a resistência de um povo”. O depoimento do repórter fotográfico Pitter Freitas traduz o sentimento impresso em cada imagem da exposição Imagens que marcaram a pandemia a partir das lentes de Pitter Freitas, que será lançada na primeira semana de agosto em Parintins.

 

 

A mostra foi aprovada pelo Programa Nacional Aldir Blanc (PNAB), em sua etapa estadual, e reúne registros produzidos entre 2020 e 2021, período crítico da pandemia de Covid-19. As fotografias retratam o cotidiano de famílias, profissionais de saúde, trabalhadores, além de ruas desertas, hospitais sobrecarregados, momentos de dor e também de superação em um dos períodos mais sombrios da história recente.

 

 

Parintinense, Pitter esteve na linha de frente no enfrentamento ao coronavírus, acompanhando o trabalho das equipes da saúde, da vigilância sanitária e da Prefeitura de Parintins. “Estive presente na fiscalização, nos atendimentos no Hospital Jofre Cohen, na chegada de oxigênio no aeroporto, nos bloqueios sanitários. A ideia da exposição surgiu enquanto eu registrava tudo isso”, lembra.

 

 

Enquanto a maior parte da população precisava permanecer em casa, Pitter, assim como profissionais da saúde, imprensa e serviços essenciais, arriscava-se diariamente para documentar a realidade da pandemia. “A primeira palavra que me vem à cabeça é medo. Era algo desconhecido. Cada vez que saía para fotografar, eu sabia que poderia não voltar. Mas era necessário estar ali”, revela.

 

 

Apesar da carga emocional que envolve o tema, o fotógrafo destaca a importância histórica do trabalho. “É um assunto delicado, porque perdemos amigos e familiares, mas também é um registro de resistência. Somos sobreviventes. Passamos por isso e estamos aqui. Estou muito entusiasmado com essa exposição”, afirma.

 

 

A exposição será itinerante e passará por diversos pontos de grande circulação em Parintins, como praças, escolas e postos de combustíveis, ao longo da primeira semana de agosto. A programação completa será divulgada nos próximos dias.