Notícia do dia 05/03/2023
Por Priscila Soares
A energia elétrica é base de uma das necessidades básicas, a falta de eletricidade implica na privação do bem-estar humano, quando não há energia elétrica, o homem usa o sal para a conservação do alimento, imagina quantas pessoas que moram em locais isolados sofrem com problemas de saúde que ocorrem com o uso excessivo de sal, sobretudo nas comunidades ribeirinhas, que usam o querosene para acenderem a lamparina, o uso diário pode causar graves doenças respiratórias. Essas situações tem nome; pobreza energética , que ocorre quando indivíduos tem limitações geográficas, financeiras, tecnológicas ou econômicas no acesso à energia. Estamos no século XXI, um mundo cheio de tecnologia, falar em pobreza energética ainda é algo desconhecido para a maioria dos brasileiros, pois só conhece a necessidade quem nunca teve energia elétrica em sua residência.
Aos poucos a energia solar de forma off grid (zona rural) ganha espaço nas comunidades ribeirinhas e indígenas na nossa região. Através das redes sociais nós da Parintins Solar somos contactados diariamente por esse público, que nos procuram para instalações em embarcações, residências isoladas e fazendas, levando dignidade e melhorando a qualidade de vidas dessas pessoas que usam o poder do sol para seu bem-estar.
MULHERES DO SOL
Estamos na região amazônica, onde o sol é forte, forte como toda mulher do norte. Em nossa cidade é possível ver mulheres se destacando em diversos setores da sociedade, assim como é possível perceber que muitas mulheres assumem o papel de levar comida para suas famílias, são mulheres que trabalham nas feiras de produção rural, na feira do peixe, nas ruas como garis, como guardas de trânsito, moto taxis, ambulantes, empreendedoras, vendedoras e vencedoras por não se vitimizarem e assumirem o papel de provedora de suas casas.
Há setores que são considerados masculinos, como setor elétrico, afinal, não é sempre que encontramos uma eletricista, mecânica, programadoras, carpinteira, motorista, profissionais de construção civil, engenheiras e profissionais de tecnologia em geral.
De acordo com a Agência Internacional de Energias Renováveis (Irena, em inglês), as mulheres ocupam apenas 32% dos empregos no setor no mundo. No Brasil, ele ainda é permeado por preconceitos de gênero, 64% das profissionais da área já ouviram comentários sexistas e 49% já sofreram discriminação no trabalho por ser mulher, segundo a Rede Brasileira de Mulheres na Energia Solar (Mesol).
A empresa Parintins Energia Solar é administrada por uma mulher do norte, sem medo de julgamentos por estar em um setor considerado masculino e preparada para os desafios que o mercador solar apresenta diariamente.
É preciso nós mulheres, ampliar conexões, fomentar negócios, apontar tendências, discutir problemas, apontar soluções, debater expectativas e promover experiências de imersão no universo feminino.
