
Durante o evento “Ação em Dias”, promovido pela deputada estadual Mayra Dias no curral do Boi Garantido, o presidente da agremiação, Fred Góes, falou sobre a situação da Universidade do Folclore Paulinho Faria e do galpão, localizados no terreno da antiga Cibrazen, leiloado pela justiça. Em sua fala, Fred reforçou que o Boi Garantido segue empenhado em reverter o resultado do leilão e garantir a continuidade das atividades no espaço.
"Se Deus quiser, logo teremos uma posição sobre tudo isso", afirmou Fred Góes, referindo-se aos trâmites judiciais em andamento. "Houve o leilão, mas ainda temos recursos acontecendo e nós não desistimos... Estamos trabalhando, sim", declarou.
"Temos contado com a ajuda, inclusive, do ex-prefeito Bi Garcia, que tem sido um constante parceiro nosso. E eu digo com toda certeza: aconteça o que acontecer, a Universidade do Folclore não vai deixar de existir", garantiu.
SETE PRESIDENTES
"Caiu no nosso colo um problema que passou por sete presidentes. E, de repente, parece que nós fomos os culpados de algo que não tivemos nenhuma responsabilidade. Mas também não quero culpar ninguém. Isso foi um processo que aconteceu, e agora estamos fazendo tudo o que está ao nosso alcance", ressaltou.
Góes reforçou que a prioridade é manter as crianças e jovens atendidos pela universidade protegidos. "As crianças do Boi Garantido serão amparadas, sim. Claro que queremos que tudo continue sendo lá na Cibrazen, mas isso depende de um resultado na justiça. O que posso dizer é que estamos prontos para provar que estamos trabalhando duro para retomar aquele espaço", completou.
Na ocasião, a deputada Mayra Dias anunciou a destinação de R$ 200 mil para a Universidade do Folclore Paulinho Faria, como forma de fortalecer o projeto social e cultural que há anos forma gerações dentro do boi vermelho.
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Resumo da Nota Pública – 31 de maio de 2025
O advogado Rodrigo César Barros Melo, representando a Sra. Rainez da Silva Rocha Freitas, publicou uma nota em resposta às declarações do presidente do Boi Garantido, Fred Góes. Ele denuncia a falta de pagamento de uma dívida judicial da Associação Folclórica Boi-Bumbá Garantido com sua cliente, que aguarda há mais de 20 anos pela quitação, mesmo com a sentença já transitada em julgado.
Rodrigo acusa a entidade de usar sua força cultural e apoio popular para desviar o foco da dívida, e de tentar influenciar a opinião pública com declarações de ex-autoridades que não têm envolvimento legal com o caso. Ele afirma que o Garantido tem recursos suficientes — citando os mais de R$ 23 milhões recebidos em patrocínios em 2024 e R$ 10 milhões em 2025 — mas falta vontade de pagar.
A nota será encaminhada a órgãos como o CNJ, MP, Corregedoria do TJ-AM e OAB-AM. O advogado esclarece que a cobrança não é contra o Garantido como símbolo cultural, mas sim um apelo por justiça e respeito a uma cidadã parintinense que busca apenas o que lhe é de direito.
Márcio Costa/ AmEmPauta