Foto enviada por correntista
Notícia do dia 18/03/2020
No momento em que a sociedade necessita de cuidados e prevenções contra o coronavírus, o Bradesco prossegue com aglomeração de aposentados no procedimento chamado de "prova de vida", no interior do Amazonas. A prova de vida consiste na ida do beneficiário titular ao banco para provar que ele está recebendo sua aposentadoria, e não um terceiro.
Os governos Federal e do Estado já suspenderam a obrigatoriedade do ato em decretos assinados respectivamente pelo presidente Jair Bolsonaro e governador Wilson Lima, justamente por conta do Coronavírus.
A Secretaria de Comunicação (Secom) do Governo do Estado do Amazonas enviou cópia do decreto que em seu artigo 8º, suspende por 120 dias a prova de vida para seus servidores inativos.
Trecho do decreto estadual do dia 16/3
Mesmo assim imprudência persiste. Na manhã desta quarta-feira, 18, a agência de Parintins estava com vários idosos, grupo mais suscetível aos efeitos do coronavírus.
A fonoaudióloga Astrid Portilho estava na agência para realizar prova de vida, via procuração, de sua mãe. Afirmou que o banco não comunicou a ninguém sobre a suspensão do recadastramento. "Se eu tivesse sido comunicada eu não estaria aqui. Percebo muitos idosos e a demora pelo atendimento é muito grande afirmou", acrescentou ela após horas de espera.
Outros correntistas aposentados foram comunicadas pela reportagem do site AmEmPauta.com.br da suspensão por 120 dias do processo de prova de vida.
A Gerência do Banco Bradesco em Parintins afirmou a reportagem que ainda não tinha sido notificada sobre a suspensão do recadastramentos junto à previdências estadual e Federal.
A Prefeitura de Parintins publicou o decreto no Diário Oficial e irá contratar 200 funcionários que irão também fiscalizar o cumprimento recomendações contra o Coronavírus. O prefeito Bi Garcia afirmou que as fiscalizações serão rigorosas.
Márcio Costa/AmEmPauta
