
A Justiça do Trabalho aceitou a argumentação dos Bois Garantido e Caprichoso e liberou a utilização de guindastes utilizados no Festival Folclórico de Parintins. A decisão foi tomada após audiência técnica com participação das agremiações, do Corpo de Bombeiros e do Estado do Amazonas, neste domingo.
A informação sobre a decisão liminar que proibia o uso das estruturas, foi dada com exclusividade pelo site AmEmPauta na noite de sábado.
Segundo o juiz André Luiz Marques Cunha Júnior, “os Requeridos apresentaram farta documentação acerca do que propôs para a preparação e apresentação dos seus itens durante o Festival”, e os documentos foram analisados pelo Corpo de Bombeiros, que “não identificou violação às normas de segurança do trabalho aplicáveis ao tema”. O magistrado concluiu que “não há vedação à utilização de guindastes tanto na movimentação de cargas e pessoas na área de concentração das alegorias, nem quanto ao içamento de pessoas durante a apresentação na arena, desde que cumpridos os requisitos previstos no Anexo 12 da NR 12”.
Durante a audiência, o comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Orleilson Muniz, confirmou que toda a documentação foi entregue com antecedência e que o órgão acompanha o processo de forma contínua.
A inspeção judicial foi marcada para quarta-feira (25), às 16h, com início no Bumbódromo.
O presidente do Boi Caprichoso, Rossy Amoedo, afirmou ao AmEmPauta que a audiência deste domingo deixou claro que “a utilização das estruturas se dá de forma responsável e ao mesmo tempo importante para que o espetáculo seja grandioso, a exemplo de anos anteriores”. O dirigente informou recentemente do Caprichoso não abre mão de todas as condições necessárias para fazer um grande espetáculo.
Já o vice-presidente do Garantido, Marialva Brandão, reforçou que “grandes espetáculos por todo o país utilizam guindastes para suas apresentações e preparações”. Ele destacou que o Garantido foi pioneiro no uso das grandes estruturas no Festival de Parintins: “Foi o Garantido que iniciou essa revolução no começo dos anos 2000, com o ‘Belezão”. Brandão também considerou essencial a participação institucional no processo: “A atuação técnica, especialmente do Corpo de Bombeiros, foi fundamental para garantir segurança e responsabilidade”.
A solicitação para proibição dos guindaste foi feita pelo Ministério Público do Trabalho e inicialmente aceita no plantão judiciário.
Márcio Costa/ AmEmPauta