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No Amazonas, 42% dos municípios têm 'ineficiência crítica' em gestão educacional, diz estudo

De 62 cidades no Estado, 52 foram listadas no Atlas da Eficiência da Educação. Maraã vive situação extrema.

No Amazonas, 42% dos municípios têm 'ineficiência crítica' em gestão educacional, diz estudo Escolas localizada no município de Uarini, onde situação é de ineficiência crítica — Foto: Divulgação/MPF-AM Notícia do dia 05/12/2018

A gestão da educação em 22 municípios do Amazonas foi classificada como "ineficiência crítica". Apenas cinco cidades amazonenses são eficientes em termos de gestão educacional, enquanto 24 têm "ineficiência moderada". Um município é listado com "ineficiência extrema". Essas são algumas constatações que estão no Atlas da Eficiência da Gestão Municipal da Educação, lançado na semana passada, em Brasília.

 

Dos 62 municípios amazonenses, 52 estão no atlas, ou seja, 84% das cidades foram analisadas. Dez municípios não dispõem de informações na publicação.

 

Das 52 cidades do estado com dados disponíveis e analisadas no estudo, Maraã tem pior desempenho na gestão educacional e ocupa a 52ª posição no ranking de eficiência. Confira o desempenho por cidade:

 

1º Benjamin Constant, Itacoatiara, Manaus, Presidente Figueiredo e Rio Preto da Eva: Eficiente (Recebe Selo de Eficiência considerando seu desempenho na Gestão Municipal da Educação)


6º Careiro: Ineficiência moderada


7º Maués: Ineficiência moderada


8º Manaquiri: Ineficiência moderada


9º Manacapuru: Ineficiência moderada


10º Pauini: Ineficiência moderada


11º Parintins: Ineficiência moderada


12º Tabatinga: Ineficiência moderada


13º Silves: Ineficiência moderada


14º Jutaí: Ineficiência moderada


15º Boca do Acre: Ineficiência moderada


16º Fonte Boa: Ineficiência moderada


17º Humaitá: Ineficiência moderada


18º Anori: Ineficiência moderada


19º Apuí: Ineficiência moderada


20º Iranduba: Ineficiência moderada


21º Lábrea: Ineficiência moderada


22º Nhamundá: Ineficiência moderada


23º São Paulo de Olivença: Ineficiência moderada


24º Urucará: Ineficiência moderada


25º Autazes: Ineficiência moderada


26º Envira: Ineficiência moderada


28º Carauari: Ineficiência moderada


29º Itamarati: Ineficiência moderada


30º Manicoré: Ineficiência crítica


31º Eirunepé e Uarini: Ineficiência crítica


33º Amaturá: Ineficiência crítica


34º São Gabriel da Cachoeira: Ineficiência crítica


35º Careiro da Várzea: Ineficiência crítica


36º Coari: Ineficiência crítica


37º Nova Linda do Norte: Ineficiência crítica


39º Tefé: Ineficiência crítica


38º São Sebastião de Uatumã: Ineficiência crítica


40º Barreirinha: Ineficiência crítica


41º Codajás: Ineficiência crítica


42º Santo Antônio do Içá: Ineficiência crítica


43º Tonantins: Ineficiência crítica


44º Anamã: Ineficiência crítica


45º Urucurituba: Ineficiência crítica


46º Juruá: Ineficiência crítica


47º Borba: Ineficiência crítica


48º Barcelos: Ineficiência crítica


49º Japurá: Ineficiência crítica


50º Santa Isabel do Rio Negro: Ineficiência crítica


51º Novo Aripuanã: Ineficiência crítica


52º Maraã: Ineficiência extrema

 

O Atlas, que conta com o apoio institucional da Universidade de Brasília (UnB), compara a gestão pública entre municípios de um mesmo estado, traduzindo-a em números e permitindo verificar quais são mais ou menos eficientes em diferentes setores. No caso da Educação, são observados critérios como valor investido por aluno, retenção escolar, aprovação e proficiência, entre outros.

 

A publicação foi desenvolvida por uma startup de inovação e pesquisa sem fins lucrativos do Distrito Federal, com a coordenação técnica de um professor da UnB e de um consultor internacional. Trata-se de uma ferramenta com a intenção de melhorar a gestão do dinheiro público, reduzindo o desperdício e otimizando os serviços do Estado brasileiro.

 

As duas primeiras edições do Atlas, apresentadas no dia 27 de novembro, tem como temas a Educação e os tribunais de Justiça estaduais. Saúde, água e saneamento são outros assuntos a serem apresentados nos próximos meses. Além disso, em breve, serão lançadas publicações sobre os Tribunais Regionais do Trabalho e os Tribunais Regionais Eleitorais.

 

Para viabilizar a pesquisa que resultou na plataforma e no atlas, o professor Alexandre Maduro-Abreu, da Faculdade de Administração, Contabilidade, Economia e Gestão de Políticas Públicas (FACE) da UnB, e o consultor Kayton Fernandes de Ávila, fundaram o Instituto de Inteligência em Gestão e Sustentabilidade (I3GS), sem fins lucrativos. Assim, nasceu o movimento apartidário Por um Brasil mais Eficiente.

 

Para a estimativa dos modelos que compõem os Atlas da Eficiência elaborados pelo I3GS, são realizados inicialmente um levantamento bibliográfico para identificar os principais componentes e procedimentos dos modelos disponíveis na literatura da área de estudo específica de cada Atlas. Assim, são realizados:

 

Definição das variáveis de insumo e produto do modelo específico (as variáveis selecionadas são preferencialmente de bases de dados abertas de órgãos oficiais – DATASUS, INEP, SNIS, IPEA, IBGE etc);

 

Definição do tipo de retorno;
Agrupamento das variáveis nas mesmas unidades geográficas;

 

Cálculo do modelo em dois sentidos, com orientação à maximização de produtos e orientado à minimização de insumos - permitindo ao leitor a comparação entre os resultados aferidos e os caminhos possíveis para tornar a gestão do município mais eficiente quanto à utilização de seus recursos.

 

O índice de eficiência - IEfi é classificado em:


Ineficiência Extrema – 0 a 0,599


Ineficiência Crítica – 0,600 a 0,799


Ineficiência Moderada – 0,800 a 0,999


Eficiência (benchmark) - 1.

 

Fonte: G1