
O presidente do Boi-Bumbá Caprichoso, Rossy Amoedo, em entrevista ao site AmEmPauta antecipou propostas para mudanças na forma de julgamento do Festival Folclórico de Parintins. Entre as principais ideias, ele defende a presença de nove jurados por noite e a seleção de profissionais renomados e especializados para avaliar as apresentações.
Logo após o resultado do festival de Parintins, o prefeito Mateus Assayag anunciou que a partir deste mês de agosto deverá reunir com as agremiações para alterações na forma de julgamento da festa.
“Não cabe mais vir nove jurados. Tem que ser nove jurados por noite, cada noite um bloco de jurados”, afirmou Rossy, destacando que a rotatividade traria mais isenção e qualidade às avaliações. Segundo ele, o objetivo é evitar que avaliadores pontuem de forma aleatória e se retirem sem qualquer comprometimento com o resultado final.
Rossy também propõe que os jurados sejam profissionais de destaque nas áreas específicas avaliadas no festival, como dança, artes cênicas, música e artes visuais. Ele citou nomes como o coreógrafo Carlinhos de Jesus e a bailarina Ana Botafogo como exemplos de referências que poderiam compor o corpo de jurados. “Nada contra os antropólogos, mas nós estamos falando de uma festa altamente visual. Então precisamos trazer pessoas que sejam desse meio, artísticos visuais, para julgar o festival”, explicou.
Para o segmento musical, a sugestão segue o mesmo raciocínio: “Tem que ser músicos de renome que venham a Parintins julgar. Não pode ser acadêmicos nesse processo, porque compreendemos que o formato da academia, de certa forma, não tem uma leitura do espetáculo de forma completa como nós gostaríamos que fosse”, disse.
O presidente reforçou que é necessário evitar a escolha de avaliadores com pouca ou nenhuma atuação recente no meio artístico. “Não podem ser pessoas que estavam fora há dez anos sem fazer nada artístico, com currículo falso, e ainda colocar justificativas como as que colocaram. Precisamos de pessoas que coloquem o seu nome, que sejam conhecidas no Brasil inteiro e que não queiram ver seu nome relacionado a escândalos.”
Rossy afirmou que a intenção é promover um amplo debate ainda em 2025 para que as mudanças já possam valer no festival de 2026. “Vamos exaustivamente, ainda este ano, trabalhar para que tenhamos um julgamento com nomes e pessoas que venham para cá fazer essa festa crescer ainda mais”, declarou.
Ele defendeu que cada boi apresente suas propostas à comissão organizadora, de forma objetiva e construtiva, para que se construa um consenso. “Precisamos que cada boi apresente os seus pontos e, a partir deles, a comissão absorva tudo isso. Gerar um campo de discussão sem foco vai ser semanas intermináveis sem chegar a lugar algum. É hora de pensar no crescimento do festival", ressaltou
Em instantes, a entrevista completa nos canais de rede social do site AmEmPauta no Instagram, Facebook e YouTube.
Márcio Costa/AmEmPauta